Combate à psoríase

A psoríase é uma doença crónica de pele, que não é contagiosa, ao contrário do que muitos pensam. O seu aspecto, extensão, evolução e gravidade são muito variáveis de pessoa para pessoa. Entre as várias formas de controlo da doença, indicadas pelo médico assistente, encontram-se os cremes de aplicação tópica, os fármacos, os tratamentos termais e a modulação nutricional.
O padrão alimentar estabelecido, em conjunto com o estilo de vida, pode influenciar a psoríase, acentuando a inflamação crónica da pele ou contribuindo para o seu controlo ou prevenção. O acompanhamento nutricional de pacientes com psoríase, juntamente com o controlo das variáveis bioquímicas e antropométricas, bem como do acompanhamento do médico assistente, ajuda a prevenir as doenças crónicas associadas à psoríase e propiciar uma maior longevidade, com qualidade.
As alterações alimentares propostas pelos nutricionistas visam reforçar o sistema imunitário, contribuindo para reduzir a inflamação e diminuir a velocidade de renovação das células da epiderme. Desde o controlo da ingestão energética diária, a um aporte elevado de alimentos ricos em ácido araquidónico, gorduras hidrogenadas (ex.: molho béchamel) entre outros, podem agravar a psoríase. Já a escolha de alimentos com baixo índice glicémico, como o arroz integral, a escolha de alimentos com ácidos gordos polinsaturados, como o salmão e de alimentos com compostos bioactivos como a curcumina, presente no açafrão-das-índias, contribuem para uma diminuição do stress oxidativo e inflamação tecidual. Desta forma, o padrão alimentar pode ser o gatilho para o desenvolvimento/agravamento da psoríase, como também pode trazer a bonança após episódios agudos. Não obstante, embora o acompanhamento nutricional seja considerado uma ferramenta no tratamento da psoríase, esta é um complemento ao tratamento indicado pelo médico assistente. Afinal, pequenas e simples mudanças fazem grandes diferenças, desde que mantidas ao longo do tempo.

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