Esclerose múltipla e a nutrição

A Esclerose Múltipla (EM) é uma patologia neurológica crónica, com maior incidência em mulheres e pessoas caucasianas, que leva a uma destruição das bainhas de mielina que cobrem as fibras nervosas.
A EM possui uma correlação com o gene HLA-DR15 ou DQ6, contudo a sua origem é desconhecida.
A alimentação moderna pode ter um papel indirecto importante:
- favorecendo a proliferação de uma possível bactéria causal;
- agredindo a mucosa intestinal, a qual aumenta a sua permeabilidade;
- produzindo um "curto circuito" nas células M, o que impede o estabelecimento da tolerância oral para o peptídeo bacteriano.
As recomendações alimentares devem ser adaptadas às necessidades individuais do indivíduo e de forma a fornecer os componentes nutricionais necessários, mas também adaptada à fase da evolução da doença. Há que salientar que um plano alimentar personalizado para esta patologia ajuda a terapêutica, mas não substitui o tratamento médico na EM.
De forma generalizada recomenda-se que as bebidas alcoólicas e o tabaco sejam evitados. A redução de alimentos processados (ex.: fast-food), ricos em gorduras saturadas (ex.: manteiga) deve existir, assim como deve haver um bom aporte de alimentos ricos em antioxidantes (ex.: amoras). A adopção de uma dieta mediterrânica também pode trazer benefícios.
Até ao momento, nenhum fármaco impede a evolução a longo prazo da EM. Dessa forma, recomendo as alterações alimentares de forma individualizada, com o intuito de optimizar o estado nutricional do indivíduo com EM. Estas alterações não originam nenhum perigo, nem carência e existem casos que beneficiam destas alterações, em particular nas fases iniciais.
Nota1: agradece-se a quem sugeriu que este tema fosse abordado.
Nota2: imagem retirada daqui.

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