Substitutos de refeição para perda de peso

Hoje em dia a utilização de "substitutos de refeição" em dietas de perda de peso está muito em voga.
Se o acto de alimentar é desde os nossos primórdios, um acto de subsistência, mas também um acto de socialização, convívio e aprendizagem, pergunto-me o que acontece nestas situações. Será que a pessoa a quem foram indicados os "substitutos de refeição" recusa programas em família ou com amigos porque só pode beber o seu batido? Ou será que comparece e depois fica desmotivada com o programa de perda de peso, deixando de o realizar e até comentando que "os nutricionistas não servem de nada"? Uma coisa é certa, por muito sucesso que a pessoa tenha com os "substitutos de refeição", que afinal de contas até conferem saciedade e são de baixo valor calórico, nunca passará a sua vida inteira a tomá-los. E quando voltar a "comer de faca e garfo" como será a evolução do peso? E a nível nutricional, será que o aporte de nutrientes obtidos por esses produtos é equiparável a uma alimentação equilibrada e variada? E em termos psicológicos afectará a pessoa o facto de ter que prescindir de vários momentos de convívio, para não ceder à tentação? E quando não se resistir mais aos alimentos favoritos? Será que a ingestão dos mesmos não será em exagero? Afinal de contas o acto de mastigar  passa a ser muito escasso.
A elaboração de um plano alimentar para redução ponderal implica mudanças de hábitos alimentares; implica educação alimentar, pois novos hábitos têm de ser introduzidos e mantidos ao longo do tempo. É exequível estar a cumprir um plano alimentar saudável e ter momentos de convívio à mesa, quer porque é possível escolher-se o que se come, quer porque um dia não são dias. Antes de realizar um acompanhamento de redução de peso, pense nos prós e contras das estratégias que vão ser implementadas e procure ajuda especializada. Lembre-se que tem um papel activo no controlo da sua saúde, por isso não a prejudique.
Nota: imagem retirada daqui.

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