Combate à psoríase


A psoríase é uma doença crónica da pele, sistémica, não contagiosa, que pode surgir em qualquer idade.
A causa da psoríase ainda é desconhecida, porém, alguns autores apresentam a predisposição genética associada a factores ambientais (fumo, álcool, alimentação, infecções, drogas e stress) como os principais factores envolvidos na sua etiologia.
Para além das indicações dadas pelo médico assistente, os tratamentos termais e a realização de um padrão alimentar apropriado podem auxiliar no controlo da sintomatologia. Por ser uma manifestação autoimune, de cariz inflamatório, uma alimentação onde prevalecem nutrientes anti-inflamatórios traz benefícios na sintomatologia.
Existem estudos que fazem a associação da psoríase com a intolerância ao glúten. As pessoas com intolerância ao glúten possuem uma maior permeabilidade intestinal, o que permite a passagem de bactérias e partículas de alimentos mal digeridos na barreira intestinal. Por essa razão desencadeiam um processo alérgico e inflamatório e consequentemente pioram os sintomas da psoríase.
Estudos indicam que dietas hipocalóricas podem melhor a prevalência e gravidade das manifestações da doença. Os mecanismos deste processo são ainda desconhecidos, mas acredita-se que seja resultante de uma menor ingestão de alimentos com ácido araquidónico, responsável pela produção de substâncias inflamatórias e a diminuição da produção de espécies reactivas de oxigénio (ERO). Pela mesma razão, as dietas vegetarianas podem exercer efeitos benéficos para estes pacientes. Ao diminuir-se a ingestão de alimentos ricos em ácido araquidónico, privilegia-se o consumo de alimentos ricos em ácido eicosapentanóico, podendo-se obter um efeito anti-inflamatório. Contudo, os estudos ainda não são conclusivos quanto à dose recomendada, mas a maioria demonstram melhorias.
Entre diversas outras recomendações, torna-se importante a ingestão de alimentos ricos em antioxidantes, que actuem no combate aos radicais livres produzidos no organismo. Entre eles encontram-se o selénio, o beta-caroteno, o alfa-tocoferol, a capsaicina, o zinco e a quercetina. Já o calcitriol ou vitamina D parece ter um efeito antiproliferativo e imunomodelador.
Sendo assim, é indiscutível a importância da alimentação para indivíduos com psoríase, favorecendo em grande escala o tratamento farmacológico, indicado pelo médico assistente. Cabe lembrar que devem ser avaliados os fármacos utilizados para o tratamento da psoríase, uma vez que podem interferir na biodisponibilidade de nutrientes, além da influência do nutriente sobre a acção do medicamento.
Nota: imagem retirada daqui.

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