O confronto entre o Alzheimer e uma correcta nutrição

Os dados epidemiológicos mais recentes apontam para a existência de 153 000 pessoas com demência em Portugal, das quais 90 000 com a doença de Alzheimer, forma de demência mais prevalente. Esta patologia demora muitos anos a surgir. Os primeiros sinais de degeneração cerebral iniciam-se provavelmente pelo menos 20 anos antes de ser feito um diagnóstico. Até ao momento, sabe-se que esta patologia surge pela combinação de vários factores, que se conjugam todos no mesmo indivíduo, entre eles a genética, a idade e a nutrição.
Um factor que interfere com a predisposição para a doença de Alzheimer é a genética. Os genes contêm instruções para a construção de proteínas no corpo e no cérebro. A presença do gene da apolipoproteína E4 ou outros são necessários para a manifestação do Alzheimer. Todavia, por si só, não é suficiente para garantir que esta patologia se desenvolva anos mais tarde. Importa perceber se eles estão ou não activos uma vez que tal se traduz na menor capacidade que o indivíduo tem de se adaptar às agressões da sua dieta e estilo de vida actual. No entanto, esta fraqueza pode ser contrariada com uma nutrição óptima, que forneça ao cérebro e ao corpo uma maior capacidade adaptativa e um ambiente químico menos tóxico.
O cérebro tem que ser bem alimentado. Torna-se por isso fundamental que nutra o cérebro com tudo o que ele precisa para manter a mente e a memória em ordem. Assim, precisa de garantir que ingere alimentos com:
- vitaminas (especialmente A, C, E e complexo B);
- minerais ( especialmente zinco e magnésio);
- gorduras essenciais (ómega 3 e 6 num equilíbrio correcto);
- aminoácidos (presentes nas proteínas);
- glicose (de fornecimento constante através de alimentos ricos em hidratos de carbono pouco refinados como o arroz integral);
- fosfolípidos (especialmente a fosfatidilcolina e a fosfatidilserina);
- oxigénio (vindo do meio ambiente).
Estes nutrientes são vitais entre várias funções, para manter o cérebro a funcionar rapidamente e garantir que possui capacidade de processar e armazenar memórias.
Se há algo ao seu alcance que pode fazer e com isso tornar-se parte activa do processo de combate à doença de Alzheimer é cuidar do seu corpo. Entre essas medidas, uma que pode praticar diariamente, mais que uma vez por dia é a arte de bem nutrir. Alimente-se bem e dê ao seu cérebro todas as ferramentas necessárias para que ele tenha um bom desempenho.
Nota: imagem retirada daqui.

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